terça-feira, 31 de agosto de 2010

O diferente (que é igual a todos)




Primeiro dia de aula em um lugar estranho, com gente esquisita, sala cheia e sem conhecer ninguém e aquele lengalenga de saber quem é quem, de onde veio e o porquê do curso. Todos respondiam e contavam os motivos que levam ate ali, mas de todas as explicações só uma me chamou atenção, era de um menino diferente de todos, andava estranho e eu não entendia o porquê daquilo.

Passou alguns dias e esse menino tornou alguém que eu não conseguia desgrudar, escutava suas historias com atenção e começava a entender o porquê de andar engraçado e cada dia contava uma versão diferente dessa historia. Ele tinha uma leve deficiência que para as pessoas que o rodeavam não fazia nenhuma diferença.

Passou o ano e terminou o semestre e começou mais um dia de aula e ele não apareceu. Cadê? Onde está? Por que não apareceu? Descobri as respostas para as minhas perguntas, ele ia sair e não voltaria mais. Mas de repente ele voltou para ficar mais seis meses ao lado dos amigos. Por causa de uma obra do acaso ele saiu e não voltaria mais. Sentirei falta das besteiras, das risadas e dos abraços sinceros de um amigo de verdade. Fique mais um tempo com a gente, nem que seja nas segundas, terças e sextas. E não se esqueça que eu estarei aqui para ajudar sempre que precisar. Por que amigos são para isso.

E que você seja feliz e que de tudo certo em sua vida. O diferente que é igual a todos.

PUTA QUE PARIU....

segunda-feira, 30 de agosto de 2010


- Ei, ei?
- Eu?
- Você mesmo, olha pra cá?
- Pra onde eu devo olhar?
- Ai, olha aqui! Olha para mim, não esta me vendo aqui não?
- Nossa agora sim eu te vi. Posso assentar ai do seu lado?
- Claro que pode esse lugar é seu e vai ser sempre seu.
- Mas porque você me escolheu?
- Não fui eu que te escolhi, foi você que me escolheu, entendeu?
- Claro que não, tem como me explicar?
- È fácil de entender. Vou começar a te explicar. Você foi feito para mim e eu para você, tem alguma coisa que faz a gente ficar junto. Não sei se isso chama destino. Mas o que você acha?
- Eu? O que eu acho que somos feitos um para o outro, o encaixe perfeito. Mas me de sua mão, vamos ali para o outro lado?
- Agora? Você tem certeza disso? Poso confiar em você, não vai me deixar e que vai esta sempre comigo?
- Você tem alguma duvida que eu te quero para sempre, que você é tudo que eu sempre quis e que me faz feliz?
- Não eu não tenho duvida disso. Então vamos, pode pegar minha mão e me levar para onde você quiser, com você eu vou ate o fim do mundo.
- Então venha q a gente vai ser feliz. Pelo simples motivo de termos um ao outro.
- Até o fim do mundo eu vou com você e não importa o que acontecer estarei ao seu lado.
- Fomos feitos para durar?
- Pelo simples fato de nos amarmos a gente vai durar e ninguém vai separar a gente. Você pode confiar.
- Então eu confio em você. E vamos logo, porque já esta escurecendo e não quero ter que ir embora,
E assim eles se foram, pelos caminhos da vida um segurando a mão do outro atravessando todos os caminhos e os obstáculos que a vida lhes proporcionavam.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Enredo de novela Mexicana (todo mundo conheçe um)

Era uma vez uma historia de amor como outra qualquer. Mas esse conto de fadas não era como os que a nossa mãe nos contava, não existia príncipe e princesas, bruxas e torres protegidas com dragões. Mas pessoas de carne e osso, que viviam a vida como ela é e sem medo de serem felizes.

Era fim de ano e uma turma de amigos, decidiram viajar, sem lenço e documento, assim foram de encontro ao paraíso. Nessa turma de amigos tinha de tudo, da menina sonsa ao conquistador barato. Mas tinha uma menina que não era da turma, era amiga do conquistador barato, do palhaço, do nerd e da menina que era uma estrela. Conversava com todos só não era amiga de todos.

Essa menina tinha fama de estressada, mas conseguia arrancar olhares de todos e ciúmes daquela que se dizia comportada e a desconfiança da puritana de fachada. Mas de todos os olhares que lhe cercavam só um tinha importância o do menino de memória fraca e sorriso encantador. Curtiram o dia todos juntos, pareciam amigos de verdade, amigos para eternidade. Era noite todos se arrumaram e se perfumaram, a noite prometia e não tinha hora para acabar.

A menina não podia chegar perto do menino, pois sempre tinha alguém para vigiar suas ações. O conquistador queria todas e ele tinha todas, o palhaço queria a que falava enrolado, mas perdeu para a menina que por mais tempo segurou um copo e a comportada jogava charme para todos. A menina se aproximou e ele deixou. Conversaram no meio da noite, riram de coisas inúteis e bebiam ao som de um violão.

Era mais de meia noite quando sumiram, em um quarto vazio conversavam em sussurros, a respiração ficava ofegante na medida em que os corpos se aproximavam, um beijo aconteceu e o susto foi maior. Desceram as escadas cada um para o lado, sem se olharem e sem se falarem.

A viajem acabou e todo mundo voltou a vida normal, para aquela rotina que nunca terminava. O menino e a menina mal se falaram durante a viajem de volta, trocaram algumas palavras, mas a vontade de ficar perto só aumentava. Seria o começo de um novo casal ou de uma amizade que não teria fim.

Encontram-se depois e os beijos eram mais apaixonados. Fizeram uma revolução na turma que agora não é mais uma turma. Algumas pessoas permaneceram ao lado deles outras nem queriam saber o porquê de tanto amor. O menino que era um palhaço, a menina que era doce como o mel e o menino do cabelo esquisito não os abandonou e formaram uma nova turma de amigos, que a velha turma já não queria por perto. Foram deixados de lados por velhos amigos e acolhidos pelos novos amigos. Pode ser que seja para sempre e as escolhas feitas nessa viajem dure uma eternidade ou que simplesmente dure pela vida inteira.

Pode ser que essa historia você já conheça, mas como toda historia de amor tem sempre um final feliz. E que sejam felizes no final de cada conto de fadas, sem castelos e fadas madrinhas.





(Junho de 2008)

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Feitos de Números.

É estamos aqui de novo.
Nos 3 juntos.
Aqui no mesmo lugar.
É estamos aqui de novo.
Nos 4 juntos.
Aqui no mesmo lugar.
Éramos 4, viramos 2 e hoje somos 3.
Crescemos 1 só e aprendemos a conviver com uma turma.
É hoje estamos aqui nos 3.
Que somos 1.
Que viramos 4 de novo.
Somos 3 no meio de tantos.
3 que sempre serão 3.
Aqui no mesmo lugar.
Entre tantos ainda somos os mesmos.
Somos 3.
Para sempre 3.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Fim de julho...

Ela fechou os olhos e deitou ao seu lado. Na cama fria o único calor que vinha era de dois corpos. Ela fez desenhos em suas costas e ele brincou com seu cabelo. Sorriam a cada palavra sussurrada. O único barulho que escutavam era da batida de dois corações apaixonados. A respiração se confundia com os gemidos ao longo da noite. Era uma noite de longos abraços e beijos apaixonados. Não queriam que a noite acabasse, pois estavam felizes de estarem juntos e sozinhos. Tinham o mundo pela frente, mas não se importavam em fazê-lo esperar. Queriam está ali juntos e se amando em uma noite fria de julho. Embaixo das cobertas pernas se entrelaçavam. Viravam um corpo só, mas com duas almas. As juras de amor eram eternas, com a luz da lua de testemunha que surgia entre as cortinas. Um com outro o outro com um. Juntos em um corpo só. Sabiam que eram felizes só pelo fato de ficarem juntos e não se importavam com o que as pessoas diziam, pois elas só olhavam de fora. O amor era tão grande que a noite ficava pequena para os dois e a madrugada logo chegava ao fim. O sol estava para nascer e dois corpos ali deitados sem se importa com os raios que vinham lá de fora. A noite se foi o dia chegou e eles não se preocupavam com o que iria acontecer dali pra frente, o importante era estarem ali juntos e felizes. O amor entre eles era tudo que eles tinham e juntos eles ficariam para o resto de suas vidas. Aconteceu tudo em uma noite fria de julho.