segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O Bar da vida

O sol refletia entre as garrafas de cerveja em cima da mesa, 1, 2, 3 ou 4 não me lembrava mais quantas tinham sido bebidas por nos dois. Uma porção de batata engordurada com bacon, uma dose de tequila e uma porção de torresmo para fechar com chave de ouro essa noite.

As risadas eram escandalosas na medida do possível, para não incomodar ninguém que estivesse na mesa ao lado, as nossas conversas hora sussurradas ao pé do ouvido, hora falada em bom tom para quem quisesse escutar, falávamos de futebol, política, religião e sobre a gente. Ao fundo se escutava um cd arranhado do Chico e alguns sambas antigos, daqueles que dão uma vontade doida de dançar na hora que se escuta. O cinzeiro não cabia mais de tanto cigarro e por causa dos pedacinhos de palito quebrados ao longo da noite.

- Garçom desce mais uma cerveja!! – Você gritava de longe.

- Eu quero uma dose de tequila, pede pra mim? – Eu falava com você.

A mesa se enchia cada vez mais de garrafas e copos de tequilas, palitos quebrados e pedaços de limão, um desenho feito com os grãos do potinho de sal e um coração feito com o guardanapo de papel. O garçom que não enxergava o gesto que você fazia para pedir cerveja, o vendedor de bala que toda hora aparecia e o cara com amendoim que deixava uma amostra na nossa mesa.

Olhávamos o relógio, já estava quase na hora de ir embora. Mas embora para onde? Deixaríamos o fim de noite decidir o que iríamos fazer depois de beber e beber.

- Garçom fecha para gente? – você dizia.

- A saideira? – Perguntava o garçom.

- Amor, só vou ao banheiro e já volto viu? – eu falei com você.

- Não demora amor, quero você logo ao meu lado. – você sussurrava.

- Tudo bem não vou demorar, quero ficar todo tempo ao seu lado. –respondia com aquele sorriso no rosto.

A conta foi fechada, eram números de mais para serem decorados. Você pega a minha mão e vamos sem rumo embora. Entramos num taxi, nos abraçamos e nos beijamos. O destino esse sim só a gente sabe, onde esse fim de noite vai terminar. Acordariamos no outro dia um do lado do outro, abraçados como eternos namorados e diriamos com aquela cara de sono: " Como foi boa aquela noite! Que venha o proximo fim de semana, para podermos ficarmos juntos de novo."

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

E tudo continua no mesmo lugar.

Entre as ondas e a areia de Copacabana te jurei amor eterno.

O mar continuava ali no mesmo lugar.

As pessoas continuavam a falar diferente.

Freundschaften sind verewigt.

With conversations in different languages.

Los abrazos se recordará.

Os sorrisos eram sinceros e sem culpa.

Os goles de bebidas eram maiores e mais intensos.

As ondas beijavam a areia e mostravam o quanto era sincero o sentimento.

Tudo permanecia do mesmo jeito que deixamos.

Aquela mesa, aquele quarto e aquelas pessoas tudo estava ali no mesmo lugar.

Voltamos para o começo de tudo.

Para aquele, lugar que as conversas não tinham fim.

Onde tudo começou.

Ali no começo de tudo.